O novo Sandrider superou as melhores expectativas dos responsáveis da Dacia nos primeiros testes realizados ao longo das últimas semanas. Nasser Al-Attiyah, Cristina Gutiérrez e Sébastien Loeb já experimentaram o carro com que vão enfrentar a edição de 2025 do Dakar
A Dacia acelera o programa de testes do Sandrider, protótipo de competição com que espera, sobretudo, lutar pelo triunfo na edição de 2025 do Dakar. Com a experiência oferecida pelos pilotos e pela equipa de engenheiros, os testes decorreram sem falhas, de acordo com os responsáveis da equipa Dacia Sandriders (com ‘s’), superando mesmo as expectativas iniciais.
Após a verificação dos sistemas no Millbrook Proving Ground, no Reino Unido, os Sandrider passaram quatro dias no complexo de testes Sweet Lamb, no País de Gales, no início de maio. Depois, a equipa rumou a Château de Lastours, em França, para mais quatro dias de testes intensos (até 31 de maio), onde as três duplas de pilotos tiveram a oportunidade de testar o Sandrider, equipado com pneus BF Goodrich, num terreno rochoso e exigente.
Para os primeiros ensaios, Cristina Gutiérrez assumiu o volante durante dois dias no País de Gales, antes de Sébastien Loeb, nove vezes campeão do mundo de ralis, assumir as funções de teste e desenvolvimento. Já em França, o plurivencedor do Dakar, Nasser Al-Attiyah, experimentou pela primeira vez o Sandrider durante dois dias, tendo Loeb e Gutiérrez dividido os últimos dois dias.
A chefe da equipa Dacia Sandriders, Tiphanie Isnard, confirmou que a fase inicial de testes superou as expectativas, com muito poucos problemas sentidos por Al-Attiyah, Gutiérrez e Loeb e pelos engenheiros e técnicos da equipa.
Enquanto responsável pela estreia do Dacia em pisos de teste mais rápidos, Gutiérrez declarou que a sensação foi “incrível”, mostrando confiança numa evolução rápida perante um novo tipo de desafio. “Estou a sentir-me muito confortável, a adaptar-me a um novo tipo de carro e a uma nova categoria para mim. Ainda temos muitos dias de testes importantes pela frente, mas, no geral, estamos muito contentes com o trabalho da equipa. Não podemos pedir mais. O sentimento geral é de estarmos orgulhosos com o desempenho do carro logo nestes primeiros testes”.
A opinião da espanhola foi secundada por Al-Attiyah, que considerou o carro “fácil de conduzir, rápido e resistente. Fizemos 270 quilómetros no primeiro dia e o mesmo no segundo dia. Não houve problemas e gostámos muito de pilotar o carro”. Afinando pelo mesmo diapasão, Loeb confessou-se “muito satisfeito com a forma como tudo funcionou. O motor estava a responder muito bem desde o início e não tivemos qualquer problema. Atendendo a que se trata de um carro novo, está a correr tudo bem e estou ansioso para continuar os testes em Marrocos”.
Com efeito, esse será o próximo passo. Os Sandrider estão agora a ser submetidos a um profundo trabalho de revisão, antes do primeiro teste em competição da nova máquina, em África, de 28 de junho a 5 de julho, em Marrocos. Será nas pistas e areias marroquinas que o Sandrider vai rodar em terrenos semelhantes aos do Dakar, a ronda de abertura do Campeonato do Mundo FIA de Rally-Raid de 2025, a disputar na Arábia Saudita, de 3 a 17 de janeiro.
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