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FIA e Fórmula E juntas até 2048

A Federação Internacional do Automóvel (FIA) e o promotor da Fórmula E, durante o ePrix de Londres, ronda de encerramento da Época 11 de competição que tem o estatuto de Mundial apenas desde a 7 (2020/21), assinaram contrato que estende por 10 anos o acordo para a realização do campeonato de monolugares elétricos, que passa, assim, a vigorar até 2048.


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Segundo FIA e Formula E Operations, o acordo novo “proporciona plataforma mais poderosa para aumentar o ritmo da trajetória de crescimento do campeonato, por permitir amplificar o impacto global da competição, captar investimentos maiores e, sobretudo, desbravar o caminho para a inovação, principalmente em matéria de tecnologias cada vez sustentáveis que beneficiem todo o setor automóvel”.

 

O acordo novo, de acordo com as informações disponíveis, tem opção que admite a extensão do contrato entre as partes por mais cinco anos, a ativar após processo de renegociação, o que pressupõe a organização do campeonato de monolugares elétricos até ao final de 2053. Este prolongamento soma-se ao contrato original de 25 anos assinado em 2014 entre o presidente da FIA à época, o francês Jean Todt, e o fundador da Fórmula E, o espanhol Alejandro Agag, que mantém a presidência da Formula E Operations (FEO). Todt, recorda-se, empenhou-se, pessoalmente, na competição, apoiando-a desde a primeira hora.


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Este anúncio acontece num momento importante para a Fórmula E, com a estreia da quarta geração dos regulamentos desportivos e técnicos prevista para a Época 13 (2026/27) – na 12, segunda temporada do Gen3 Evo introduzido no arranque do Mundial que acaba hoje em Londres, Inglaterra. O Gen4 será ainda mais potente e veloz do que o monolugar atual, que tem 350 kW (470 cv) e quatro rodas motrizes, e é capaz de 1,82 s no arranque 0-100 km/h e 320 km/h. Até 2048, espera-se que o desempenho dos carros que competem nesta categoria iguale, nomeadamente, o nível de “performance” dos Fórmula 1.


Liberty Media, proprietária da F1 e do MotoGP, é acionista maioritário 

Mohammed Bem Sulayem, presidente da FIA, assinada a extensão do acordo com a FEO, disse que “este ato reafirma o compromisso que temos com a inovação e o progresso tecnológico, por também termos a ambição de sermos sustentáveis em tudo o que fazemos. E este campeonato tem essa identidade e esses objetivos”. A norte-americana Liberty Media, proprietária da Fórmula 1 e do MotoGP, também é a acionista maioritária da Fórmula E. 


O diretor-geral da Liberty Media, Mike Fries, manifestou confiança no crescimento do Mundial. “É o desporto motorizado do futuro, por combinar tecnologia de ponta com corridas excitantes. E cumpre missão importante, por participar, ativamente, na eletrificação do automóvel. Acreditamos no projeto desde o primeiro dia e esta extensão do contrato confirma a confiança no que estamos a fazer. E, agora, com o apoio da FIA, podemos dar os próximos passos: expandir a competir, aumentar a base mundial de fãs e trabalhar ainda mais na superação dos limites das corridas com elétricos”, concluiu.



Originalmente, as corridas de Fórmula E realizavam-se em circuitos citadinos – na temporada de arranque (2014/15), Pequim, Putraya, Punta del Este, Buenos Aires, Cidade do México Long Beach, Paris e Londres no calendário da competição, com Hong Kong, Marraquexe, Nova Iorque e Montreal, entre outras cidades, integradas no da Época 2 –, mas a natureza da competição tem mudado de forma expressiva, devido às medidas de redução de custos adotadas pelo promotor e à exigência de promoção da segurança, consequência dos progressos na potência ou na rapidez dos monolugares. E, assim, mais circuitos permanentes, menos pistas montadas nas ruas das maiores metrópoles mundiais.


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Regulamentos Gen4 em 2026, Citroën e Opel nas grelhas de partida 

De acordo com fontes da FEO e da FIA, o acordo novo também garante liberdade maior à Liberty Media para integrar circuitos de Fórmula 1 no mapa da Fórmula E, antecipando-me mesmo que os dois campeonatos possam até partilhar diversos programas, com Baku, Montreal e Singapura entre as (muitas) opções em cima da mesa. Entre os construtores comprometidos com o futuro desta categoria, Jaguar, Lola, Nissan, Porsche e Stellantis – Citroën e Opel são as sucessoras prováveis da DS Penske e da Maserati nas grelhas de partida, no período 2026-2030 (Gen4). E o acordo assinado até 2048, por trazer estabilidade e visão de longo prazo, constitui, também, oportunidade para seduzir mais fabricantes e parceiros comerciais.

 

A Fórmula E, comparada com outras competições do desporto automóvel, é mais acessível – o limite ao investimento nos quatro anos dos regulamentos Gen3 foi de 56 milhões de euros. Fórmula 1 e Mundial de Resistência (WEC) consomem muito mais dinheiro. E a procura de carros elétricos continua a aumentar, o que também garante mais potencial de atração a campeonato que ainda tem a notoriedade que todos ambicionam. “A Fórmula 1 tem 75 anos, a Fórmula E apenas 10. Precisamos de tempo e de aumentar os investimentos na promoção da competição”, explica o diretor da Porsche, Florian Modlinger.

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