Félix da Costa “ataca” Shanghai
- José Caetano
- 30 de mai.
- 3 min de leitura
Este fim de semana, em Shanghai, as rondas 10 e 11 do Mundial de Fórmula E, com a imposição de paragem nas boxes para a recarga das baterias (Pit Boost) no sábado (29 voltas) e expetativa de chuva no domingo (28). O ano passado, António Félix da Costa, da Porsche, ganhou este ePrix no segundo dia. Piloto português terceiro no campeonato, com menos 11 pontos do que o alemão Pascal Wehrlein, o campeão em título (e parceiro de equipa), e 88 do que o britânico Oliver Rowland, da Nissan, o primeiro da classificação, com quatro vitórias e três segundas posições em nove corridas!

A Fórmula E, pela segunda temporada consecutiva, tem fim de semana com duas corridas no Circuito Internacional de Shanghai, em variante mais curta – só 3,051 km e 12 curvas – da pista que recebe o Grande Prémio da China inscrito no Mundial de Fórmula 1 desde 2004, que tem 5,451 km e 16 curvas. É o regresso ao país asiático que recebeu, a 13 de setembro de 2014, no Parque Olímpico de Pequim, o ePrix de estreia do campeonato de monolugares elétricos – daí para cá, realizaram-se mais 140 e Félix da Costa participou em 137, somando 12 vitórias, 26 pódios, oito “pole positions e um título (2019-20)! Nesta Época 11, português segundo em São Paulo e na Cidade do México, e terceiro em Miami.
“Estamos no início da segunda metade de campeonato que comecei bem, com os pódios no Brasil e no México. Depois, o Rowland ganhou muita vantagem, mas sei o que fiz no ano passado, com quatro vitórias na ponta final da época, e a primeira aqui! O carro é muito competitivo neste circuito e, por isso, estou confiante. Agora, como disse após Tóquio, temos de pensar corrida a corrida. Ainda faltam sete Prix e o objetivo é conseguir o maior número possível de pódios e vitórias”, disse-nos o português da Porsche.
Na estreia do GEN3 Evo no Circuito de Shanghai, paragem obrigatória nas boxes para carregamento das baterias dos monolugares elétricos na corrida de sábado (no Pit Boost com 34 segundos, 10% da capacidade de armazenamento da energia, o que corresponde a 3,85 kWh, recuperada em 30 segundos de recarga com potência na ordem dos 60 kW!), ação que obriga a decisão estratégia importante, uma vez que todas as equipas só dispõem de um equipamento para esta operação (em Tóquio, parando muito precocemente, Stoffel Vandoorne, belga da Maserati, que também beneficiou de bandeira vermelha, conseguiu uma vitória…).
O Attack Mode, programa que os pilotos estão obrigados a ativar duas vezes, num máximo de 8 minutos, encontra-se instalado no exterior da curva 2 e também tem impacto (muito) importante nos ePrix, por aumentar, temporariamente, a potência dos monolugares elétricos de 300 kW para 350 kW e, ao mesmo tempo, acionar as quatro rodas motrizes – e, sob chuva e sobre piso molhado, recurso determinante!
Esta temporada, nas primeiras nove rondas do campeonato, seis vencedores e 14 pilotos nos pódios. Outra prova inequívoca da competitividade da Fórmula E: oito equipas no “top-10” do Mundial de Pilotos. E a Nissan comanda entre as equipas e os construtores, com a Porsche segunda nas duas classificações.
Shanghai surgiu no mapa da Fórmula E na Época 10, mas é já a quarta localização do campeonato na China, sucedendo a Pequim, Hong Kong e Sanya. No total, no país asiático, nove corridas e oito vencedores – na estreia, primeira posição para Lucas di Grassi, num monolugar da Audi Sport ABT; e somente este brasileiro de 40 anos, atualmente na Lola-Yamaha, esteve em todos os ePrix, mesmo se não acelerou no da Cidade do Cabo de 2023 (vitória de Félix da Costa, num DS), devido a problema técnico no monolugar com que competia à época (Mahindra).
Nos dois dias da Fórmula E na China, sessões de qualificação das 03h20 às 04h43 antes das corridas com arranques marcados para as 08h05 – horários em Portugal Continental. No primeiro treino livre do programa, António Félix da Costa primeiro, com 1.09,280 m (158,5 km/h de velocidade média)! Na segunda posição, Nyck de Vries, neerlandês da Mahindra, a 0,132 s. Oliver Rowland (Nissan) foi 15.º, a 0,743 s do português da Porsche. Em 2024, Mitch Evans, neozelandês da Jaguar, assinou o melhor registo nesta sessão, que também foi cumprida sobre piso seco, com 1.13,251 m. A mudança de monolugar elétrico, do GEN3 para o GEN3 Evo, "vale" menos 3,935 s na volta ao circuito de Xangai!

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