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Mick Schumacher: foco no WEC sem esquecer a F1

Foto do escritor: Pedro JunceiroPedro Junceiro

Atualizado: 7 de fev.

Sem lugar no "plantel" da Fórmula 1 para a temporada de 2025, Mick Schumacher continua integrado na equipa Alpine que compete no Mundial de Resistência (WEC), preparando-se para cumprir a segunda época com a formação francesa. O alemão diz-se comprometido com o programa, mas admite que mantém vivo o “sonho” do regresso à disciplina de topo do desporto automóvel.



Após a sua estreia em competições de resistência na temporada de 2024, Mick Schumacher prepara-se novamente para defender as cores da Alpine no Campeonato do Mundo de Resistência (WEC), confessando-se mais experiente e conhecedor dos desafios desta modalidade depois de um primeiro ano de aprendizagem.

 

Com um pódio no WEC como maior feito até aqui, Schumacher considera que está agora mais preparado para um campeonato com a dimensão do WEC, mas o alemão, filho do heptacampeão de Fórmula 1, Michael Schumacher, não esconde que mantém a ambição de voltar à principal modalidade do automobilismo mundial.


“A Fórmula 1 está sempre na minha mente, sempre foi o sonho e vai ser sempre o sonho principal"

 

“A Fórmula 1 está sempre na minha mente, sempre foi o sonho e vai ser sempre o sonho principal, mas aquilo que é claro para mim é que o WEC é a minha prioridade número um neste momento”, referiu Schumacher em conferência de Imprensa digital na qual a E-AUTO participou.



“Com a Alpine estamos a tentar ser tão rápidos quanto possível e, portanto, vai exigir 100% dos nossos esforços e é neste ponto em que estamos”, acrescentou.

 

Quanto à sua preparação e expectativas para 2025, Mick recorda que o primeiro ano foi de aprendizagem em muitos aspetos e que esta temporada sente-se mais confiante, mesmo que ainda exista muito para aprender.


“Para mim, o ano passado foi de primeiro contacto com as corridas de resistência e houve muitos aspetos que foram uma novidade absoluta de muitas maneiras. Sobretudo o carro, que é muito diferente em comparação com um Fórmula 1. Foi uma grande adaptação que tive de fazer, porque estes carros são um pouco mais pesados, têm menos carga aerodinâmica e mexem-se mais em curva”, apontou. “Agora, após algumas corridas, diria que já tenho um bom entendimento daquilo que o carro precisa e do que faz. E penso que, enquanto equipa, ainda estamos em desenvolvimento e a melhorar para chegar a uma posição em que o carro é muito consistente e faz sempre a mesma coisa. Penso que estamos numa trajetória positiva este ano, também com a chegada do Frédéric [Makowiecki]”, indicou ainda.



Alpine satisfeita com prestação de Schumacher 

Da parte de Philippe Sinault, diretor da equipa da Alpine no WEC, a permanência de Mick Schumacher entre os sete pilotos da equipa (os outros são Paul-Loup Chatin, Charles Milesi, Ferdinand Habsburg, Frédéric Makowiecki, Jules Gounon e o "reserva" Matthieu Vaxiviere) é olhada com satisfação, considerando-o uma mais-valia para o projeto.

 

“Desde a primeira reunião com o Mick, no ano passado, que identificámos imediatamente o nível pretendido. As expectativas dele são muito, muito elevadas e ajudam-nos a pressionar toda a gente para atingir esse nível. Por isso, é tão interessante e, além disso, como sabem, é uma pessoa muito simpática. A grande interrogação era se podia ser um jogador de equipa e ter esse espírito e, depois do primeiro teste e ainda esta manhã [segunda-feira], comprovou-o novamente, com o Frédéric, pelo que estamos mesmo muito safisfeitos por trabalhar com ele, porque tem sempre a mente aberta e está sempre preparado para partilhar informações e lutar na mesma direção”, afirmou Sinault, que também compreende a situação do jovem alemão no que toca ao seu desejo de regressar à Fórmula 1.



“O ano passado não foi fácil para ele, como devem imaginar. Foi mesmo muito complicado e ele não se poupou a esforços para nos dar o melhor trabalho possível. Este ano, sentimo-lo mais confiante no projeto de resistência e connosco porque já trabalhamos juntos há mais de 12 meses. Por isso, criámos uma boa relação e ele é muito inteligente quanto ao potencial do campeonato – quando se têm tantos construtores envolvidos nesta plataforma, só pode ser um bom sinal. Ele considera que este é o melhor lugar que existe agora”, completou.

 

Schumacher vai partilhar o A424 número 36 com Gounon e Makowiecki, participando em todas as etapas do Mundial, nomeadamente nas 24 Horas de Le Mans, a corrida mais importante e mediática do campeonato.

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