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Genesis: Tarquini diretor desportivo

A Genesis Magma Racing anunciada em dezembro de 2024 tem estreia no Mundial de Resistência (WEC) confirmada para 2026, com dois GMR-001, hipercarros com chassis Oreca e motorizações V8 3.2 biturbo híbridas baseadas dos 1.6 Turbo dos i20 N WRC Rally1 “apoiados” pela francesa IDEC Sport. Em Le Mans, na edição 93 das 24 Horas, anúncio do diretor desportivo: o ex-piloto italiano Gabriele Tarquini.



Tarquini, 63 anos, tem percurso (re)conhecido no desporto automóvel, que deixou só em 2021, aos 59 anos, depois de quatro temporadas no TCR World Touring Car Cup, com a equipa italiana BRC Racing Team TCR e o Hyundai i30 N TCR. Gabriele sagrou-se campeão em 2018, somando este título ao que ganhou em 2009, com a Seat e o Leon 2.0 TDI, no WTCC. Nos turismos, em duas etapas, uma curta (1987), outra longa (2005 a 2021), 269 corridas, 30 vitórias, 91 pódios, 20 “poles” e, ainda, 32 voltas mais rápidas. Pelo meio, passagem pela Fórmula 1 (1987 a 1992 e 1995), com as escuderias Osella, Coloni, First, AGS, Fondmetal e Tyrrell. O piloto italiano esteve em 78 grandes prémios, mas participou apenas em 38, ganhando um ponto (sexto no México-1989, num AGS-Ford). Antes, piloto italiano primeiro no BTCC do Reino Unido em 1994, com a Alfa Romeo.


Em Le Mans, na apresentação do programa da Genesis Magma Racing para o WEC e o IMSA (no segundo, o campeonato norte-americano de resistência, entrada em ação apenas em 2027, mas também na categoria de topo GTP), igualmente com o GMR-001, Hypercar com chassis fornecido pela francesa Oreca e motorização V8 biturbo híbrida, Gabriele Tarquini disse-se ambicioso e determinado. “Tenho muito a aprender sobre esta competição, que é nova para mim, mas a minha experiência como piloto e diretor de equipa pode permitir-me acelerar muito esse processo de aprendizagem, de modo a apresentar-me bem preparado arranque da temporada”, contou italiano que também tem presença nas 24 Horas de Le Mans no currículo – registou-se em 1985, num Porsche 956 da Brun Motorsport, mas foi malsucedida, com desistência na volta 323 (os vencedores, também num 956, cumpriram 374), devido a avaria no motor.



Quartel-general montado em Paul Ricard 

A equipa baseada no circuito de Paul Ricard, França, para este programa, também contratou o norte-americano Justin Taylor para engenheiro-chefe – estava na Chip Ganassi Racing e venceu as 24 Horas de Le Mans em 2014, com o Audi R18 e-tron quattro, e em 2023, com o Ferrari 499P). A francesa Anouk Abadie, que integrava a Kessel Racing, é a diretora da equipa comandada pelo compatriota Cyril Abibetoul (ex-F1 e WRC). E, para esta aventura, a marca do Grupo Hyundai também recorreu a parceira francesa, a IDEC Sport, estrutura com muito experiência acumulado no WEC e no European Le Mans Series (ELMS), na categoria LMP2.

 

“Anouck, Justin e Gabriele são mais-valias incríveis para a Genesis Magma Racing, devido às experiências que combinam na competição automóvel. E o processo de recrutamento para esta equipa não terminou. Nos próximos meses, anunciaremos mais nomes”, disse Abibetoul, referindo, indiretamente, aos pilotos dos GMR-001. Neste ponto, confirmações, apenas duas: André Lotterer, alemão de 43 anos com três triunfos nas 24 Horas de Le Mans, todos com a Audi, em 2011, 2012 e 2014, e Pipo Derani, brasileiro de 31 anos que compete, em 2025, nos campeonatos IMSA (GTD) e ELMS (LMP2).



Genesis e IDEC Sport, para prepararem a entrada de WEC e o processo de seleção dos pilotos, apresentaram-se com o Oreca 07-Gibson na edição deste ano das 24 Horas de Le Mans, mas a experiência acabou mal, com Lotterer, Jamie Chadwick e Mathys Jaunbert a abandonarem na 14.ª hora da corrida, durante volta 207, após a perda de roda. Outros dois nomes na agenda: Logan Sargeant e Daniel Juncadella. O LMDh da marca coreana, que partilha este chassis com o Acura ARX-06 do IMSA e o Alpine A424 do WEC (a Ford também elegeu a Oreca como parceria para voltar à categoria principal do Mundial e Le Mans em 2027), tem estreia em pista prevista para agosto, no quartel-general de Paul Ricard. A equipa também está no Europeu organizado pelo promotor do Mundial, o Automobile Club de l’Ouest (ACO), com o objetivo de preparar engenheiros, mecânicos e pilotos para o programa novo.



Divisão de luxo da Hyundai na Europa 

A entrada da Genesis no WEC coincide com o ingresso da marca de luxo do Grupo Hyundai no mercado europeu, de forma mais coerente e consistente – a marca foi criada em 2015, vendeu os primeiros automóveis (G90) na Coreia do Sul em 2017, surgiu na América do Norte pouco tempo depois e está no Velho Continente desde 2021, apresentando-se como concorrente direta de Infiniti (Nissan), Lexus (Toyota) ou Volvo, por exemplo.



Na gama para a Europa, todos automóveis, todos elétricos: GV60, GV70 Electrified e GV80 Electrified. O primeiro mede 4,52 m e baseia-se na E-GMP, a plataforma de Hyundai Ioniq 5 e Kia EV6 (potências: 228 cv, 318 cv e 489 cv), o segundo tem 4,71 m, dois motores (490 cv) e bateria com 77,4 kWh de capacidade (e anuncia-se até 455 km de autonomia), e o terceiro, com 5 m de comprimento, é apresentado com 370 cv e bateria com 87,2 kWh de capacidade (até 520 km).

 

Atualmente, na Europa, a Genesis vende-se apenas na Alemanha, no Reino Unido e na Suíça, mas existem mais países no “radar” da marca, nomeadamente França, Itália e Países Baixos. Também na agenda, Espanha e… Portugal, mas somente em 2026-2027.

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