Porsche campeã com Félix da Costa!

O português António Félix da Costa, arrancando do fim da grelha de partida (22.º), acabou o ePrix de Londres em sexto, assegurando a quinta posição no Mundial de Pilotos na Época 11 da Fórmula E e contribuindo de forma decisiva para os títulos de Equipas e Construtores da Porsche. O piloto neozelandês Nick Cassidy (Jaguar) ganhou as duas corridas do fim de semana.

O português António Félix da Costa na Fórmula E, com a Porsche, conquistou dois títulos na Época 11 da Fórmula E, participando de forma direta nas primeiras duas conquistas coletivas da equipa alemã no campeonato de monolugares elétricos – à sexta temporada na categoria, campeã de Equipas e Construtores. Mas, como E-AUTO e AUTOSPORT informaram em primeira mão, o futuro passa por mudança de ares, após três temporadas com as cores da marca alemã. O destino mais do que provável é a Jaguar.

“O futuro? A decisão, na minha cabeça, está tomada, mas isto não depende só de mim. Espero poder contar tudo nas próximas duas semanas! Sabê-lo-ão primeiro. Posso apenas dizer que passará, obviamente, pela saída da Porsche”, garantiu-nos Félix da Costa após o ponto final na Época 11 da Fórmula E, que acabou na quinta posição, o segundo melhor resultado da carreira na categoria, em 11 temporadas, superando-o apenas o título em 2019-2020!

Na ronda de encerramento do campeonato, e no segundo ePrix do fim de semana em Londres, Inglaterra, Félix da Costa protagonizou recuperação soberba, depois de qualificação azarada. “Devo ter feito muito mal a alguém! Na primeira volta da qualificação, a transmissão dianteira partiu e vi-me na última posição da grelha de partida. Mas, os portugueses não desistem! E, arrancando de 22.º, e num circuito em que é tão difícil ultrapassar, consegui acabar em sexto. Estou muito feliz com a minha corrida e por ter participado nas conquistas da equipa. Queria ganhar estes títulos mundiais”, disse.

Félix da Costa reconhece, todavia, que esperava mais de temporada que arrancou com dois segundos lugares (São Paulo e Cidade do México), mas que terminou só com mais dois pódios (Miami e Shanghai) e sem vitórias. “Este quinto lugar, tenho de reconhecê-lo, fica aquém das expectativas e não reflete a nossa ‘performance’! Queria ser campeão, mas estive demasiadas vezes no sítio errado à hora errada. O dia de hoje prova-o! É preciso continuar a acreditar e a trabalhar. Já passei por isto no passado e dei sempre a volta por cima. Vou parar uns dias e, depois, arrancar a preparação para a próxima época e motivado para tentar ganhar o título outra vez”, prometeu.

Cassidy: terceira vitória consecutiva e segunda posição no Mundial 

Este domingo, em Londres, Nick Cassiy repetiu o resultado da véspera e festejou a terceira vitória consecutiva no campeonato, combinando a de Berlim com as duas na capital do Reino Unido. O neozelandês da Jaguar, equipa que ganhou cinco dos últimos seis ePrix da temporada, também beneficiou da oitava posição do alemão Pascal Wehrlein, da Porsche, para acabar o Mundial em segundo, depois de entrar no fim de semana em sexto!

O sucesso da Jaguar em Inglaterra também originou cambalhotas nos Mundiais de Equipas e Construtores, com os britânicos a superarem a Nissan nas duas tabelas classificativas, no fim da corrida caótica deste domingo no ExCeL, como confirma o abandono do “ponta de lança” da equipa, o campeão Oliver Rowland, depois de colisão com Nico Mueller, da Andretti, que também teve de desistir. O outro piloto da formação nipónica, Norman Nato, foi apenas 11.º e não pontou.

Isto explica, por exemplo, que Cassidy, que está de saída para equipa da Stellantis (Citroën e Opel nas grelhas de partida da Época 12, diz-se!), fosse protagonista da segunda vitória mais confortável na história na Fórmula E: o segundo classificado, o neerlandês Nick de Vries, da Mahindra, viu a bandeira de xadrez 13,851 s depois do neozelandês, que passa a conta com 12 sucessos na disciplina, como António Félix da Costa e Sam Bird; somente o brasileiro Lucas di Grassi (13), o compatriota Mitch Evans e o suíço Sébastien Buemi (14) têm mais!

No ExCeL, Maserati e McLaren despediram-se da Fórmula E. A Stellantis prepara a substituição da primeira por outra marca do consórcio, mas a segunda devolveu a licença ao promotor do campeonato. E, assim, na Época 12 com início confirmado para 6 de dezembro, em São Paulo, Brasil, menos dois carros e pilotos nas grelhas de partida.