Cadillac na “pole” em Fuji
- José Caetano

- 27 de set.
- 4 min de leitura
O V-Series.R #12 do Cadillac Hertz Team Jota, pela terceira vez em 2025, e sempre com o britânico Alex Lynn aos comandos do Hypercar da equipa anglo-americana, garantiu a “pole position” para as 6 Horas de Fuji, a ronda sete do Campeonato do Mundo de Resistência (WEC), e a 100.ª corrida na história da competição! A prova realiza-se na madrugada deste domingo (início às 3h00 de Portugal Continental).

A Cadillac, no currículo, tem somente uma vitória no WEC – conseguiu-a na ronda cinco do campeonato de 2025, as 6 Horas de São Paulo, em Interlagos, São Paulo, Brasil, a 13 de julho, mas a marca norte-americana, que compete no Mundial com a formação britânica Jota e dois V-Series.R, arrasou toda a concorrência na sessão de qualificação para a 12.ª edição das 6 Horas de Fuji, ronda sete (e penúltima) da temporada.
No Japão, na madrugada deste domingo – “tiro de partida” marcado para as 03h00 de Portugal Continental… –, cumpre-se a 100.ª corrida na história do campeonato criado em 2012 e coorganizado pela Federação Internacional do Automóvel (FIA) e o Automobile Club de L’Ouest (ACO), o promotor das 24 Horas de Le Mans. Nesse ano, a série arrancou a 17 de março, com as 12 Horas de Sebring, na Florida, EUA. Vitória do R18 TDI da Audi Sport Team Joest e com Allan McNish, Tom Kristensen e Rinaldo Capello.
Porsche (71 vitórias, incluindo 21 nas categorias de topo Hypercar e LMP1), Ferrari (63, sete), Aston Martin (53, zero), Toyota (48, 48) e Audi (17, 17) posicionam-se no “top-5” dos fabricantes de automóveis mais bem-sucedidos no WEC. Atualmente, só a Audi não está em campeonato cada vez mais atrativo para as marcas. Prova-o tanto o número de participantes ativos nesta competição como o ingresso de mais três: Genesis, na próxima temporada, Ford e McLaren, na seguinte. Em 2027, quer no WEC, quer em Le Mans, 11 construtores e mais de duas dezenas de hipercarros em ação!
Este fim de semana, em Fuji, 18 hipercarros de oito marcas e 18 LMGT3 de nove. E, na qualificação, domínio da escuderia anglo-americana Cadillac Hertz Team Jota, com o V-Series.R #12 pilotado pelo britânico Alex Lynn, pela terceira vez em 2025, na “pole position”, com 1.28,236 s na volta ao circuito com 4,563 km localizado “à sombra” do Monte Fuji, a montanha mais alta do Japão (ergue-se 3776 m acima do nível do mar) e símbolo cultural, espiritual e geográfico do País do Sol Nascente.
O inglês de 32 anos, por 0,439 s, superiorizou-se ao neozelandês Earl Bamber, 35, no V-Series.R #38 – na primeira linha da grelha de partida para a penúltima corrida do ano, dois hipercarros da marca norte-americana! Lynn, curiosamente, garantiu a primeira “pole position” da carreira no WEC em Fuji, em 2024. Este ano, também foi o mais rápido em Le Mans e São Paulo.
“Que sensação fantástica! A competição é fortíssima e tivemos de trabalhar muito para conseguirmos este resultado. Nos treinos, senti que o carro não estava bem e ficámos no circuito até tarde para melhorá-lo. Funcionou! E acredito que podemos manter-nos no comando da corrida durante as 6 Horas”, disse Alex Lynn, que teve direito a prémio especial (capacete) pela autoria da 100.ª “pole position” no WEC. “Quando era mais jovem, raramente guardava os troféus que ganhava, mas passei a valorizá-los muito! E tenho orgulho de estar aqui e de integrar este campeonato”, concluiu.
Na Hyperpole de Fuji, melhor desempenho de sempre do Valkyrie da Aston Martin, com o piloto dinamarquês Marc Sorensen, no #009, na terceira posição da sessão, apenas a 0,030 s da segunda e 0,469 s da primeira, e o compatriota Mikkel Jensen, no Peugeot 9X8 #93, na quarta, a 0,618 s de Lynn! A Ferrari comanda este Mundial com o 499P #51, o hipercarro italiano mais rápido nesta qualificação, com o sexto melhor registo (conseguiu-o Antonio Giovinazzi, piloto no topo da classificação do campeonato, com os parceiros James Calado e Alessandro Pier Guidi, os três com 115 pontos).
LMGT3: mecânica “trama” Sousa, Barrichello primeiro
Na categoria LMGT3, azar para Bernardo Sousa, representante português no WEC, que não participou na qualificação, num Ford Mustang da Proton Competition, por avaria no motor durante o terceiro treino livre, o que empurra o #77 partilhado com os britânicos Ben Barker e Bem Tuck para o fim da grelha de partida, depois da luta pela vitória na ronda anterior do campeonato, no Circuito das Américas, em Austin (EUA). Eduardo “Dudu” Barrichello, com 1.39,981 m no Aston Martin Vantage AMR GT3 Evo da Racing Spirit of Léman foi o mais rápido da sessão e conseguiu, assim, a segunda “pole position” da carreira no Mundial (primeira em São Paulo).
“Dias maus não são para sempre. A vontade de dar a volta por cima, é”, escreveu o piloto português em publicação na rede social Instagram. Já o filho do ex-Fórmula 1 Rubens Barrichello, manifestou-se surpreendido com o resultado. “Não estava à espera, sobretudo depois de todas as dificuldades que tivemos durante os treinos. Corremos riscos na preparação do carro, mas a equipa trabalhou muitíssimo bem. Uma ‘pole’ não é determinante em corridas de resistências, mas é sempre melhor começar à frente do que atrás”, reconheceu o brasileiro. O comandante do WEC, o Porsche 911 GT3 R da Manthey 1st Phorm, com o piloto italiano Riccardo Pera aos comandos, conseguiu o quinto melhor registo da categoria.
Em Fuji, nos treinos livres, realizaram-se os habituais “safaris”, com autocarros em pista, em simultâneo com os carros participantes no WEC, para os adeptos verem a ação (muito!) mais de perto. Esta experiência acontece sempre em ambiente de segurança, sob bandeiras amarelas e limitações de velocidade, para prevenção de acidentes ou incidentes.




















































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