Gama A6 PHEV com mais de 100 km de autonomia EV
- Pedro Junceiro
- 9 de mai.
- 4 min de leitura
A gama Audi A6 a combustão contará ainda este verão com duas variantes híbridas “plug-in”, de 299 e de 367 cv, que prometem aliar prestações desportivas à eficiência elevada. Como característica de destaque, a marca aponta a autonomia elétrica superior a 100 km e melhorias na eficiência geral, sem esquecer os restantes atributos dinâmicos e tecnológicos, como o eixo traseiro direcional de série.

Após o lançamento da gama A6 com motores de combustão (nomeadamente, com o motor 2.0 TDI de 204 cv), a Audi apresenta todos os detalhes dos A6 Limousine e Avant e-hybrid quattro, ou seja, os modelos híbridos recarregáveis na tomada.
Os modelos estarão disponíveis com dois níveis de potência: 299 cv e 367 cv de potência total combinada, tirando partido da aliança entre o motor 2.0 TFSI de 252 cv e o motor elétrico síncrono de ímanes permanentes que pode oferecer até 143 cv (105 kW) e que está integrado na transmissão S tronic de sete velocidades.
A versão de entrada, com 299 cv e 450 Nm de binário, acelera dos 0 aos 100 km/H em 6,0 segundos, enquanto a mais potente (com 367 cv e 500 Nm) cumpre o mesmo exercício em 5,3 segundos, de acordo com os dados da marca de Ingolstadt. Todas as variantes atingem uma velocidade máxima de 250 km/h (140 km/h em modo elétrico).
Fundamental para o desempenho melhorado destes modelos, a bateria de alta voltagem faz parte de uma nova geração para os PHEV, com cerca de 45% mais de capacidade face à geração anterior. Assim, estão disponíveis 25,9 kWh (20,7 kWh úteis) para condução em modo 100% elétrico, a qual pode superar os 100 km de autonomia – 105 km no caso do A6 Limousine e-hybrid quattro (ciclo combinado WLTP).

Progressos na eficiência
As células da bateria estão dispostas numa única camada devido ao espaço disponível na secção traseira do automóvel, conseguindo, cada célula prismática, armazenar 46% mais energia do que as células anteriormente utilizadas nos veículos deste segmento, atingindo agora cerca de 70 Ah de carga. Com conceito “cell-to-pack”, a Audi aposta numa abordagem nova de disposição das células da bateria, utilizada pela primeira vez nos PHEV da gama A5, com as células coladas diretamente na carcaça da bateria, aumentando dessa forma a rigidez estrutural e ocupando menos espaço.
A potência máxima de carregamento em corrente alternada (AC) foi aumentada de 7,4 kW bifásicos para 11 kW trifásicos (recarrega de 0 a 100% em 2h30, com um cabo Modo 3 incluído de série).
O sistema de gestão híbrida dos novos modelos híbridos “plug-in” seleciona automaticamente a estratégia de funcionamento ideal. Além de modos já conhecidos como o “dynamic”, estão disponíveis dois modos de funcionamento dedicados à eletrificação – os “EV” e “híbrido”. No primeiro, funciona apenas com energia elétrica sempre que tenham carga na bateria, enquanto no segundo o sistema de gestão híbrida mantém um nível de carga específico conforme necessário, de forma a reservar energia elétrica para utilização posterior (o nível de carga desejado pode ser selecionado individualmente através de um controlo deslizante digital). O modo utilizado por último torna-se o modo predefinido da próxima vez que o veículo for ligado.
Adicionalmente, foi conseguida uma interação otimizada entre o travão mecânico por fricção e a recuperação de energia através do motor elétrico, sendo mais natural na atuação e também capaz de ajustar o desempenho da travagem regenerativa ajustável individualmente. O grau de regeneração por inércia no modo de condução 100% elétrico (modo “EV”) pode ser ajustado em três níveis através de patilhas no volante. Por outro lado, há também função de regeneração automática com base nos dados de rota armazenados no sistema de navegação (mesmo sem orientação ativa do sistema). Quando o pedal do travão é pressionado durante a desaceleração, os A6 “plug-in” conseguem recuperar até 88 kW de potência.

Eixo traseiro direcional de série
As versões A6 e-hybrid quattro dispõem de tração quattro ultra que oferece funcionalidade e maior controlo, mas também direção às quatro rodas, também de série em todas as variantes do A6 e-hybrid. Este sistema, que varia a sua atuação consoante a velocidade, vira as rodas traseiras até 5º na direção oposta às rodas dianteiras a velocidades até cerca de 60 km/h, reduzindo o raio de viragem e aumentando a agilidade a estacionar, por exemplo, enquanto a velocidades médias e elevadas, as rodas traseiras viram ligeiramente na mesma direção das dianteiras para maior estabilidade.
Os PHEV contam com aerodinâmica melhorada não só para efeitos de eficiência, mas também para beneficiar a acústica geral, com a Audi a procurar maior conforto no interior. A este respeito, o isolamento acústico foi melhorado em até 30% em comparação com o modelo anterior, graças à otimização da vedação das janelas e elementos isolantes das portas reforçados. Um vedante adicional na tampa da bagageira do Limousine também reduz significativamente o ruído do vento. Estão disponíveis, opcionalmente, vidros acústicos para os vidros das portas traseiras, além dos vidros laterais dianteiros. Todos os pneus com jantes de 19 polegadas ou superiores incluem absorvedores de ruído.

Quanto a equipamentos, destaque para a versão de 367 cv com imagem mais desportiva, em virtude da linha exterior S line, com grelha “Singleframe” em preto de estrutura maior e entradas de ar dianteiras divididas em duas partes (acabamento em cromado antracite mate), suspensão desportiva com molas e amortecedores que rebaixam a carroçaria em 20 mm em relação à suspensão “standard”, jantes de 19 polegadas e pinças de travão vermelhas. No interior, incluem-se os bancos desportivos com apoios laterais pronunciados e volante desportivo em pele de três raios.
A carroçaria Limousine na versão de 299 cv tem um custo base de 70.153€, enquanto a de 367 cv parte dos 85.653€. Já a carrinha tem preços iniciais de 75.303€ e de 87.303€, respetivamente.
Além disso, todos os híbridos “plug-in” A6 estão equipados com ar condicionado automático de três zonas, bem como o conceito “digital stage” com a possibilidade de contar com três ecrãs, um deles para o passageiro da frente.
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