Ex-Cupra e Seat na Stellantis
- José Caetano
- 17 de abr.
- 2 min de leitura
Wayne Griffiths é o substituto de Carlos Tavares à frente do consórcio Stellantis. O britânico de 59 anos, de forma tão inesperada como surpreendente, abandonou o comando de Seat e Cupra, função que desempenhava desde janeiro de 2020 e em que sucedeu a Luca de Meo, presidente da Renault, no dia 31 de março. Português recebe 35 milhões de euros.

O conselho de administração do consórcio Stellantis prepara o anúncio formal do nome do substituto do português Carlos Tavares, que deixou o comando do quarto maior fabricante mundial de automóveis (em vendas) no final de dezembro do ano passado – e a saída vai render-lhe qualquer coisa como 35 milhões de euros, entre bónus, indemnizações e salários, concordaram os acionistas da empresa formada em 2021, com a fusão da Fiat Chrysler Automobiles e do Grupo PSA. A publicação especializada alemã “Automobilwoche” conta com o sucessor é Wayne Griffiths, o ex-número um de Seat e Cupra!
Griffiths, britânico de 59 anos que também nacionalidade alemã desde 2016, saiu da divisão espanhola do Grupo Volkswagen, inesperadamente, no fim de março. À época, a decisão surpreendeu tudo e todos, considerando o bom desempenho da empresa sob o comando do homem que sucedeu, no princípio de 2020, a Luca de Meo, pouco tempo antes do italiano rumar a Paris, França, para assumir a direção do Grupo Renault.
Recentemente, soube-se que a Stellantis dispunha de lista com cinco candidatos à sucessão de Tavares, mas que esta escolha impunha muita ponderação, devido ao momento conturbado no setor automóvel. O português deixou a empresa após quebra abrupta nos lucros e nas vendas, e degradação das relações tanto com os concessionários como com os fornecedores.
No dia 15, na reunião anual de acionistas, o presidente da Stellantis, John Elkann, confirmou que o nome do administrador-delegado novo seria conhecido ainda no segundo trimestre do ano, mas não atualizou as informações sobre o processo de seleção. Em fevereiro, o italo-americano, informou que a empresa tinha hipóteses ótimas tanto dentro como fora de portas. A Stellantis, como todos os construtores de automóveis, encontra-se confrontada com a necessidade de aumentar o ritmo da eletrificação e derrubar as barreiras comerciais erguidas pelas tarifas impostas pelo presidente norte-americano, Donald Trump, decisão por detrás da suspensão de 900 trabalhadores em cinco fábricas nos EUA e de paragens na produção tanto em unidades industriais no Canadá como no México.
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